Lei 41: Evite Seguir os Passos de Um Grande Homem
O que acontece em primeiro lugar parece sempre melhor do que o que vem a seguir. Se substituir um grande homem ou mulher, ou tiver um pai ou mãe famosos, é necessário fazer o dobro do que eles fizeram para brilhar mais. Não se deve ficar perdido na sai sombra ou preso a um passado que não foi obra sua: estabeleça o seu próprio nome e identidade mudando de curso. “Destrua” a ideia do pai ou mãe dominadores, menospreze o seu legado e conquiste o poder com a sua própria luz.
O poder depende de parecer maior que as outras pessoas e, quando está perdido na sombra do pai ou mãe, do rei ou rainha, do grande predecessor, não é possível projetar esta presença.
Como o filho ou filha pode sair da sombra do pai ou mãe?
- Adote a estratégia implacável de Alexandre, o Grande: deprecie o passado, crie o seu próprio reino e coloque o pai nas sombras, em vez de deixá-lo fazer o mesmo consigo.
- Se não puder iniciar materialmente do zero – seria uma tolice renunciar a uma herança - pode pelo menos começar psicologicamente do zero.
- Jogue fora o peso do passado e trace uma nova direção.
- Reconheça como Alexandre instintivamente fez, que os privilégios de nascimento são impedimentos ao poder.
- Seja impiedoso com o passado, não apenas com os seus pais e os pais deles, mas com as suas próprias conquistas anteriores.
- Somente os fracos descansam sobre os seus louros e adoram os triunfos passados; no jogo do poder, nunca há tempo para descansar.
5 razões para enterrar o passado
- O passado impede o jovem herói de criar o seu próprio mundo.
- Ele deve fazer como o seu pai ou mãe, mesmo depois de este já ter falecido ou ficar sem poder.
- O herói deve-se curvar diante do seu antecessor e ceder à tradição e ao precedente.
- O que teve sucesso no passado deve ser transferido para o presente, mesmo que as circunstâncias tenham mudado bastante.
- O passado sobrecarrega o herói com uma herança que tem pavor de perder, tornando-o tímido e cauteloso.
Como enterrar o passado
- O poder depende da capacidade de preencher um vazio, de ocupar um campo que foi limpo do peso morto do passado.
- Somente após a eliminação da figura paterna ou materna, terá espaço necessário para criar e estabelecer uma nova ordem.
- Existem variações na execução do rei ou rainha que disfarçam a violência do passado, canalizando-a para formas socialmente mais aceitáveis.
- Talvez a maneira mais simples de escapar da sombra do passado seja menosprezá-lo, jogando no antagonismo intemporal entre as gerações, incitando os jovens contra os velhos.
- Estabeleça uma distância do seu antecessor, que exige algum simbolismo, uma maneira de se anunciar publicamente.
O problema
- O predecessor arrogante enche as vistas com símbolos do passado.
- Não tem espaço para criar o seu próprio nome.
- A crença supersticiosa de que, se a pessoa antes de si conseguir fazer A, B e C, poderá recriar o sucesso dela fazendo a mesma coisa.
A solução
- Procure os vazios - as áreas culturais que ficaram disponíveis.
- Com isto, pode tornar-se a primeira e principal figura a brilhar.
- Faça o nome para si mesmo onde nenhuma sombra possa obscurecer a sua presença.
Lembre-se: é o seu próprio pai ou mãe. Não deixe passar os anos criando-se para baixar a guarda e permitir que o fantasma do passado - pai, mãe, hábito, história - volte furtivamente.
Exceções à lei
Há momentos em que vale a pena fazer algo como foi feito no passado. Não rejeite algo útil por despeito; parecerá infantil, a menos que tenha alguma lógica. Emule o que foi feito bem, mas cuidado para não ficar preso.
Enquanto isso, fique de olho nos jovens, potenciais futuros rivais, que estão levantando-se na esperança de tomar o seu lugar.